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Regaço

Antoni Tàpies







Descrição (gilberto mendonça teles)

Se o cotidiano
perturba e o desespera, ele o cava mais e realça na esperança das
formas inumeráveis do invisível numa folha caindo, num inseto
inquestionável na sua linguagem ou no silêncio que se curva na cabeça
da mesa-essas coisas escondidas e sem brilho no caminho dos homens.


...

Dividido e individado(deve aos deuses de todas as instâncias e sistemas), só se deixa ver e reunir no fundo do tempo, na penumbra de uma meia-sombra, no jeito selvagem do caipora e na forma empinada de um saci com pé ne terra, a cabeça no regaço das nuvens, as mãos tateando os seios
rosados da aurora e o coração,
o coração batendo doidamente de pernas por aí.

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entre o que tenho nas mãos e os naufrágios que me serve o amanhã a única espera é de aferrar-se ao tempo antes que tudo fosse importante.
Aqui todo mundo tem seu canto incômodo Seu olhar incômodo Aqui não se respira ar cômodo Eles não tem mais vontade de voar sobre nós, os incômodos Não se vê beleza de lá de cima Gente deitada, desorientada Gente desacreditada são as daqui de baixo Não olham não concordam, não se fala mais de emoção Aqui só respiram e falam da razão Razão essa que desconheço É ...não me deixei contaminar É...eu sou do interior O que gosto e quero é que me deixem voar E que não me falem mais da razão E não só da emoção É tempo de escutar, de tentar ver eles lá de cima Vindo até aqui, pro mundo dos incômodos.