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Mostrando postagens de junho, 2010
-tentando entender o senhor que está morando dentro do carro abandonado no final da minha rua: Peter Handke A criança acabou de escrever e leu: «Como eu imagino uma vida melhor: Gostava que não fizesse nem calor nem frio. Devia soprar sempre um vento leve, por vezes devia haver uma tempestade em que as pessoas se têm de pôr de cócoras. Os carros desapareciam. As casas deviam ser encarnadas. Os arbustos deviam ser de ouro. Já se sabia tudo e não era preciso aprender nada. Vivia-se em ilhas. Nas ruas os carros estão abertos e pode-se entrar para dentro quando se está cansado. Os carros não pertencem a ninguém. À noite fica tudo aberto. As pessoas adormecem no sítio onde estão. Nunca chove. De todos os amigos ficam quatro e todas as pessoas que não se conhece desaparecem. Tudo o que não se conhece desaparece.»
como não ver o risco da pressa nesse rosto inaugurado? de uma poeira espalhada um furacão diz de tua sombra, orações inaudíveis a tua volta. Cresce aqui a primeira folha de um encontro. Um meio de escrever em teus olhos o limite dessa fresta.
Florescer -Wassily Chuck A pedra, coisa que não é, mas deve ser para que tu sejas e as amoras nasçam no teu nome.Tudo nela espera o sono, solo ansiando pelo jorro, pela língua macia da chuva.Empresta tua alma à pedra, como se empresta um deus à noite, e ela floresce feito a dor à beira-mar, o mar à beira dor.
vinte e três.
No dizer agravar conhecer os perigos de um rio não enfraquecer ao saber os princípios de quem me devora. E ao chegar no outro negro da noite me assentar ao enorme vazio da quietude.