no virar de cada rua
um acordo consumido pelo tempo
o rosto é impregnado
pelo entendimento sem disfarces
pelo grande ruído que nada tem.
Se pudesse ver o embaraço
das coisas
observaria a mais dura e pura pedra
o par de todos os espaços
desaparecendo em tudo que se inicia.
Contei tudo
à todo horizonte.
e nada fizemos
a não ser ver a fuga
daquele que nos entrega
toda a insistência em partir.
um acordo consumido pelo tempo
o rosto é impregnado
pelo entendimento sem disfarces
pelo grande ruído que nada tem.
Se pudesse ver o embaraço
das coisas
observaria a mais dura e pura pedra
o par de todos os espaços
desaparecendo em tudo que se inicia.
Contei tudo
à todo horizonte.
e nada fizemos
a não ser ver a fuga
daquele que nos entrega
toda a insistência em partir.
Pesado hein?!
ResponderExcluirGostei do lance do "grande ruído que nada tem",
bem verdade... silêncio no meio do barulho: ê vida urbana, cheia das loucuras sem sentido.
Bom, sou meio lerdo com posts mas tem um novo lá!
Valeu.
me veio a imagem do nosso grupo do ccj
ResponderExcluirnão sei por quê!
mas veio
diz ao iniciado que estou nele e não abro!
voçês são demais
e na medida certa pra minha vida!
Esse tipo de poesia é um barato...
ResponderExcluirvamos brincar de nome: o poema-armadilha.
Os dois comentários feitos antes de mim
se prestaram a sua finalidade safada.
Um sente o peso, outro lhe lembra coisas.
Eu veria coisas tão diferentes...
mas por isso mesmo: cada eu é cada eu.
Resumimiria isso pelo primeiro verso,
"no virar de cada rua", e o que ele aponta.
Pequenos deslocamentos - as substituições
'esquina' por 'rua', 'ao' por 'no' -
fazem as expressões comuns comunicarem
uma certa incomunicabilidade:
não a expressão coletiva, a palavra individual.
Ao revirar frases simples, chega ao avesso
de alguma expressão, o esqueleto da língua.
Talvez seja o motivo de um sentir o peso
- é o próprio peso que ele acaba de sentir -
e o outro lhe lembrar coisas, assim refém
de suas próprias memórias...
Poema-armadilha: de cair na forquilha de si.