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entre planta e homem
consumido é esse raio
lugar de gente
pano grosso
antes da casa virar nascente
um milagre
em roda pássaros
no chão
na terra
no alto

sou em tudo
intervalo desse tempo nos olhos

Comentários

  1. A produção continua intensa, hein, Si?

    Nesse último seu, vejo algo diferente. Primeiro, a quebra dos versos, vários deles bem curtos. Sintaticamente, a linguagem continua retorcida em alguns momentos, mas agora sinto uma grandeza nisso, uma sacralidade meio nervosa no tom, e não sei porque ainda me vem à memória poetas alemães, mais especificamente Hördelin, o qual nunca li por completo - estranho, não? Creio que seja o respeito que os versos impõem, como esse, que adorei, "consumido é esse raio".

    Gostei bastante da safra que vejo agora - parabéns! Um verso mais limpo, no sentido de ir direto ao ponto, sem perder todo o mistério e leveza anterior, já um estilo próprio seu.

    Aquele abraço,
    Paulo.

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entre o que tenho nas mãos e os naufrágios que me serve o amanhã a única espera é de aferrar-se ao tempo antes que tudo fosse importante.
quieta ao nascer das confidências um vulcão de alcance nasce na garganta. por um espanto com o vento dos vãos um ser age dentro da colina.