entre planta e homem
consumido é esse raio
lugar de gente
pano grosso
antes da casa virar nascente
um milagre
em roda pássaros
no chão
na terra
no alto
sou em tudo
intervalo desse tempo nos olhos
consumido é esse raio
lugar de gente
pano grosso
antes da casa virar nascente
um milagre
em roda pássaros
no chão
na terra
no alto
sou em tudo
intervalo desse tempo nos olhos
A produção continua intensa, hein, Si?
ResponderExcluirNesse último seu, vejo algo diferente. Primeiro, a quebra dos versos, vários deles bem curtos. Sintaticamente, a linguagem continua retorcida em alguns momentos, mas agora sinto uma grandeza nisso, uma sacralidade meio nervosa no tom, e não sei porque ainda me vem à memória poetas alemães, mais especificamente Hördelin, o qual nunca li por completo - estranho, não? Creio que seja o respeito que os versos impõem, como esse, que adorei, "consumido é esse raio".
Gostei bastante da safra que vejo agora - parabéns! Um verso mais limpo, no sentido de ir direto ao ponto, sem perder todo o mistério e leveza anterior, já um estilo próprio seu.
Aquele abraço,
Paulo.