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entre planta e homem
consumido é esse raio
lugar de gente
pano grosso
antes da casa virar nascente
um milagre
em roda pássaros
no chão
na terra
no alto

sou em tudo
intervalo desse tempo nos olhos

Comentários

  1. A produção continua intensa, hein, Si?

    Nesse último seu, vejo algo diferente. Primeiro, a quebra dos versos, vários deles bem curtos. Sintaticamente, a linguagem continua retorcida em alguns momentos, mas agora sinto uma grandeza nisso, uma sacralidade meio nervosa no tom, e não sei porque ainda me vem à memória poetas alemães, mais especificamente Hördelin, o qual nunca li por completo - estranho, não? Creio que seja o respeito que os versos impõem, como esse, que adorei, "consumido é esse raio".

    Gostei bastante da safra que vejo agora - parabéns! Um verso mais limpo, no sentido de ir direto ao ponto, sem perder todo o mistério e leveza anterior, já um estilo próprio seu.

    Aquele abraço,
    Paulo.

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entre o que tenho nas mãos e os naufrágios que me serve o amanhã a única espera é de aferrar-se ao tempo antes que tudo fosse importante.
Aqui todo mundo tem seu canto incômodo Seu olhar incômodo Aqui não se respira ar cômodo Eles não tem mais vontade de voar sobre nós, os incômodos Não se vê beleza de lá de cima Gente deitada, desorientada Gente desacreditada são as daqui de baixo Não olham não concordam, não se fala mais de emoção Aqui só respiram e falam da razão Razão essa que desconheço É ...não me deixei contaminar É...eu sou do interior O que gosto e quero é que me deixem voar E que não me falem mais da razão E não só da emoção É tempo de escutar, de tentar ver eles lá de cima Vindo até aqui, pro mundo dos incômodos.